Em encontro informal com amiga Elaine, fui chamada atenção para atualização do termo que vinha empregando para denominar clientela que foco neste blog.
Ao longo das décadas os conceitos e valores atribuídos às pessoas com deficiência intelectual foram mudando, na tentativa de melhor defini-las. Termos como idiota, mongolóide, mongol e Down (século 19), excepcional (décadas de 50,60 e 70), incapacitado (década de 80)especial, deficiente mental, alunos com necessidades educacionais especiais,portadores de necessidades educacionais especiais e, atualmente pessoas com deficiência foi e, é empregado de acordo com os conceitos e os valores vigentes na sociedade de cada época. Todas essas mudanças de direitos e nomenclaturas são reflexos do enorme esforço para mostrar à sociedade a necessidade de se estabelecer uma transição da integração para a inclusão, que é fundamental para evitar que se criem preconceitos, estigmas, estereótipos e práticas discriminatórias.
Considerando que a terminologia reflete a postura social, a ONU (Organização das Nações Unidas) adotou a nomenclatura "Pessoas Portadoras de Deficiência" (Slee, 1999). Este termo reflete que a deficiência está na pessoa, mas não é a pessoa. Pensando-se assim fica mais fácil atuar na procura de melhora específica do que a pessoa necessita para torná-la capaz de superar os obstáculos que precisa enfrentar.
Estudos feitos sobre mudanças nos programas e categorias nos serviços de educação especial mostrou que mudança na categoria da deficiência de um indivíduo o levava a tratamentos diferentes, auxiliando a sua melhora, integração e engajamento no trabalho.O aumento considerável do número de Inclusões se deve as novas formas de investimento educacional especializado, individualizado, organizado em estruturas adequadas às diferenças.
Todos as criticas sobre a política da Educação Especial e as tentativas de atuação que ocorrem desde 1968 e que se acentuaram nos dias de hoje vem fortalecer e criar maiores discussões e procuras de soluções para um ensino eficaz e adequado para os estudantes com necessidades especiais.Creio que não é reunindo todos em estruturas desfalcadas que conseguiremos avanços.
Algumas leis, medidas e resoluções parecem ainda ser utópicas perante a realidade existente.
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