11 julho 2010

As Nomenclaturas

Em encontro informal com amiga Elaine, fui chamada atenção para atualização do termo que vinha empregando para denominar clientela que foco neste blog.
Ao longo das décadas os conceitos e valores atribuídos às pessoas com deficiência intelectual foram mudando, na tentativa de melhor defini-las. Termos como idiota, mongolóide, mongol e Down (século 19), excepcional (décadas de 50,60 e 70), incapacitado (década de 80)especial, deficiente mental, alunos com necessidades educacionais especiais,portadores de necessidades educacionais especiais e, atualmente pessoas com deficiência foi e, é empregado de acordo com os conceitos e os valores vigentes na sociedade de cada época. Todas essas mudanças de direitos e nomenclaturas são reflexos do enorme esforço para mostrar à sociedade a necessidade de se estabelecer uma transição da integração para a inclusão, que é fundamental para evitar que se criem preconceitos, estigmas, estereótipos e práticas discriminatórias.
Considerando que a terminologia reflete a postura social, a ONU (Organização das Nações Unidas) adotou a nomenclatura "Pessoas Portadoras de Deficiência" (Slee, 1999). Este termo reflete que a deficiência está na pessoa, mas não é a pessoa. Pensando-se assim fica mais fácil atuar na procura de melhora específica do que a pessoa necessita para torná-la capaz de superar os obstáculos que precisa enfrentar.
Estudos feitos sobre mudanças nos programas e categorias nos serviços de educação especial mostrou que mudança na categoria da deficiência de um indivíduo o levava a tratamentos diferentes, auxiliando a sua melhora, integração e engajamento no trabalho.O aumento considerável do número de Inclusões se deve as novas formas de investimento educacional especializado, individualizado, organizado em estruturas adequadas às diferenças.
Todos as criticas sobre a política da Educação Especial e as tentativas de atuação que ocorrem desde 1968 e que se acentuaram nos dias de hoje vem fortalecer e criar maiores discussões e procuras de soluções para um ensino eficaz e adequado para os estudantes com necessidades especiais.Creio que não é reunindo todos em estruturas desfalcadas que conseguiremos avanços.
Algumas leis, medidas e resoluções parecem ainda ser utópicas perante a realidade existente.

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